Alda Célia incendiando o país pelo Conexão Gospel

No último programa televisivo da MK pudemos ver a entrevista da Pra Alda Célia contando a respeito de seu mais novo cd.

Um fato inédito foi ver a levita declarando tudo com bastante clareza e eloquência. Logo ao lado, Angélica soltava alguns de seus risos alá Evaristo do Jornal Hoje e suas redundâncias mais do que divertidas. E novamente não se dependeu da entrevistadora para que os temas fossem respondidos. A descambou a falar. E tudo com um tom muito natural e carinhoso.

Alda contou que “Incendeia o Brasil” foi a primeira canção vinda em um poderoso cântico espontâneo e que tem orado por mais de 20 anos para que o Brasil seja envolvido com esse mover profético que ela adora tanto ressaltar.

Como lhe é peculiar, alguma frase alá Raul Seixas tinha que vir a tona. “Que o Brasil seja um shofar de Deus que vá incendiar as nações com a presença e a unção do espírito santo”, conta empolgada.

Em seguida a cantora traduziu com propriedade todo o objetivo artístico da capa, sua posição na foto e em relação à nação. É quando Angélica, com uma singular expressão, fala sobre a tétrica versão contida no cd.

Por fim, deixando-nos sem graça diante de todas as vezes que criticamos seu inglês, a “estrela águia” diz com simples palavras a necessidade do estrangeirismo.
“Por que Inglês? Porque nós precisamos tocar as nações. E as nações falam em inglês”.

Em seguida, tivemos a oportunidade de assistir o clipe da nova música de trabalho da cantora.

O sentimento foi unânime. Não foi ruim, mas poderia ter sido melhor. A sensação que temos é a de que a MK só investe em Fernanda Brum, Kleber e Aline Barros. Outros, já podem ter algum tipo de “divulgaçãozinha” que já está bom. Um pecado.

O cd de Alda Célia aborda temas como nações. Se estamos falando em incendiar o Brasil, temos que falar sobre a grande extensão territorial, suas diversas culturas como por exemplo os índios, cores, climas como o nordeste, realidades como a fome, a miséria e o lado belo de ser Brasileiro.

E tudo isso dentro de um simples estúdio preto e uma camisa brilhante com as bandeiras do Brasil e de Israel não passa essa informação. Uma lamentável “queima de cartucho” disponível para uma artista que merece um cuidado maior. Agora, este que seria o clipe que levaria o cd de Alda nas alturas em vendagens, ganha apenas destaque pelas belas palavras ditas na entrevista. O que vamos combinar, nunca foi suficiente pra vender.

A culpa seria direcionada a diretora do programa se não fosse a ótima edição e fotografia capturada. Parabéns ao editor. Melhorou muito. É bom que repassem o elogio. Até mesmo Alda se lançou, rodou, pulou... deu simplesmente um show para que as chamas espirituais do incêndio fossem além das paredes do negro estúdio.

Como ela mesma diz “não foi um fogo. Foi um foguinho”.